Organizando Pelo Valor do Cliente
Em uma pequena equipe única de produto, organizar pelo valor do cliente é trivial. Quanto mais equipes, mais se tornam como engrenagens na grande máquina de desenvolvimento. Como Charlie Chaplin em Tempos Modernos, seus trabalhos são girar parafusos mas não possuem nenhuma ideia como o cliente usará o produto … ou quem esse cliente é realmente. Como escalar e manter um foco no cliente?
Equipes Multifuncionais
Ter equipes multifuncionais é importante para manter o foco no cliente. Com departamentos funcionais especializados, criamos etapas de processo e a pessoa anterior no processo torna-se “nosso cliente”. Mas esses clientes internos não são clientes reais. Com equipes multifuncionais, mudamos toda a perspectiva e damos um item para equipe e deixamos a equipe concentrar-se com em funcionalidades com foco no cliente. A equipe, em um curto período de tempo terá de descobrir como paralelizar o trabalho realizado dentro do período da Sprint … e manter seu foco no cliente.
Equipes de Funcionalidades
Assim como as equipes multifuncionais, as equipes de funcionalidades focam no cliente e são uma maneira de garantir a organização em torno do valor do cliente. As equipes de funcionalidades selecionam uma funcionalidade com foco no cliente e “fazem tudo”. Isso permite que a equipe fale a mesma língua que os clientes e remova as barreiras entre clientes e usuários reais … muito menos transições
Especialização na Dimensão do Cliente
Um mal-entendido comum das equipes de funcionalidades é abandonar completamente a especialização. Parte desse mal-entendido vem da falsa dicotomia entre se especializar em um componente ou não se especializar em tudo -o que abordamos amplamente em nosso texto sobre equipes de funcionalidades. Parte do mal-entendido vem da crença de que a especialização é uma coisa unidimensional - especializada em um componente. Mas a especialização é multidimensional.
O LeSS aproxima usuários e desenvolvedores porque a perspectiva do usuário quase sempre se perde em grupos de produtos tradicionais de grandes dimensões. Equipes de funcionalidades são uma forma de organização pelo valor do cliente, mas não a única. O princípio de preferir a especialização no domínio do cliente também leva a outras decisões estruturais. Por exemplo:
Os bancos criam aplicativos para serviços bancários em dispositivos móveis. Os grupos de produtos são normalmente organizados por plataforma: (1) as equipes do IOS, e (2) as equipes Android. Estas equipes são equipes de funcionalidades e elas são especializados na dimensão técnica, ou seja, a plataforma. Alternativamente, elas podem ser organizadas em domínios de clientes, tais como (1) pagamentos móveis, (2) administração e (3) relatórios. Isso leva as equipes a implementarem o mesmo tipo de funcionalidade em várias plataformas em vez de implementar vários tipos de funcionalidade em uma plataforma
Qual dimensão de especialização é melhor? As organizações tradicionais tendem a se especializar em dimensões tecnológicas. Por quê? Talvez isso seja percebido como algo mais difícil e, portanto, especializar nessa dimensão leva a um desenvolvimento mais rápido? Mas no LeSS preferimos a especialização no domínio do cliente para aumentar a colaboração com os usuários reais e remover transições.
A premissa em organizações tradicionais é que a especialização em torno da tecnologia é “melhor”. Mas isso é verdade especialmente quando a indústria amadurece (e envelhece) e a programação poliglota é comum? E é verdade sob a perspectiva do cliente? Scrum e LeSS tendem a preferir a especialização na dimensão do cliente.